ABPp SEÇÃO SÃO PAULO vai à Escola
Descrição
Histórico:
A ABPp SEÇÃO SÃO PAULO tem como missão desenvolver ações que busquem consolidar a identidade do psicopedagogo, enquanto profissional do processo de aprendizagem nos diversos segmentos da sociedade, constituindo-se como referência no Estado de São Paulo.
Desse modo, a diretoria da seção na gestão 2011/2013, se organizou para estabelecer contato com escolas públicas da cidade de São Paulo, para desenvolver propostas que visem a formação profissional de professores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio. Neste projeto, como premissas norteadoras, foram estimuladas a reflexão sobre escolhas pessoais e profissionais, a ampliação de possibilidades no exercício docente, a resolução de problemas com os alunos e com seus pares e também a orientação à equipe (gestor, docente) na busca de respostas às questões da atualidade
Objetivo:
Desenvolver ações que estimulem a reflexão sobre a prática com a equipe gestora e docente.
Fundamentação teórica:
A SEÇÃO SÃO PAULO assumiu desde o ano de 2011 o compromisso social com a Psicopedagogia, ao trabalhar com professores de escolas públicas no projeto batizado de ABPp – SEÇÃO SÃO PAULO vai à Escola.
Se a atualidade exige da escola novas posições em relação aos processos de ensinar, de aprender, de avaliar, e, exige também a substituição dos saberes pré-fixados é preciso então, revisar compreensões e reorganizar os saberes em função da escola atual.
Ainda resolvemos problemas cada vez mais complexos com o mesmo modelo pedagógico do passado quando, os valores e as crenças acerca do ensinar e do aprender cristalizam-se em mitos e, aprisionam os sujeitos em concepções que impedem seu próprio desenvolvimento e aprendizagem.
Neste sentido concordamos com Esteve ( 2005) que afirma ser preciso redefinir a identidade do professor, apontando para uma nova conscientização acerca dos “valores nos quais acreditam os objetivos pelos quais trabalham e o tipo de homem que quer formar”.
Uma nova identidade, com novo perfil pode se constituir naquilo que Sánchez (1992) denomina de “professor mediador” que além de ser um especialista- domina conteúdos, potencializa o sentimento de capacidade do aluno, ensina o que fazer, como, quando e o porquê, e considera as diferenças individuais.
O “paradigma da mediação” (Feuerstein, 1994 ), centrado no professor, implica em uma perspectiva especificamente situada mais no âmbito do ensino que no da aprendizagem, e atende às necessidades decorrentes do atual paradigma educacional.
Envolvidos no cotidiano escolar em que há a falta de tempo para o planejamento e para reflexão, os professores, muitas vezes, deixam de lado o encadeamento desejado entre o praticar e o teorizar como também não buscam a formação continuada a serviço de um projeto pessoal.
Oferecer somente informações e conteúdos não garante a mudança na postura e na forma de agir, é preciso dar vez e voz ao professor para que ele se reconheça como pensante e possa aprimorar sua prática pedagógica.
Entendemos que ao ser “pesquisador da própria atuação docente”, como afirma Stenhouse (1991) o professor pode delinear estratégias educativas mais efetivas, e relacionar-se com os deveres e os dilemas éticos da profissão, competência necessária, como afirma Perrenoud (2001) , nos dias de hoje.
Plano de Ação:
A organização do grupo docente respeitou a diversidade de atuação dos profissionais no âmbito escolar, bem como a opção de proximidade entre amigos na roda de conversa.
Buscando a integração do grupo e a reflexão sobre temas de interesse, as propostas se basearam em perguntas que conduziam a outras perguntas. As respostas dos professores foram depoimentos importantes sobre a experiência pessoal e profissional, na condução das relações com alunos e colegas.
Vale enfatizar que, os encontros foram gratuitos, com participação voluntária, realizados uma vez por mês, com a duração de uma a duas horas ligada a disponibilidade e envolvimento.
Ações desenvolvidas nas instituições atendidas pelo Projeto ABPp – SEÇÃO SÃO PAULO vai à Escola.
Escola Estadual Rômulo Pero.
Durante o planejamento escolar do segundo semestre de 2013, a ABPp SEÇÃO SÃO PAULO fez um convite aos professores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, da Escola Estadual Rômulo Pero, situada na Rua Copacabana, 243, no bairro Chora Menino, Zona Norte de São Paulo. Com o aval da diretora Karen Cristina G. Alves, no dia 29 de julho de 2012, ocorreu o primeiro encontro com a equipe de professores. No dia 19 de agosto, aconteceu o segundo encontro. Como disparador de uma conversa, acerca da relação entre quem ensina e quem aprende, foi aplicado o par educativo, o que estimulou a reflexão sobre si mesmos, e promoveu o resgate de aspectos da formação individual. O compartilhamento com o grupo propiciou o encadeamento da conversa sobre as necessidades e desejos de cada um na profissão de educador.
Centro de Educação Infantil do Centro Educacional Unificado– CEU –
No ano de 2012, a ABPp SEÇÃO SÃO PAULO realizou o trabalho social, na rede municipal, no Centro de Educação Infantil do Centro Educacional Unificado – CEU – Paz, na Zona Norte da Capital. A diretora, Jaqueline Russo Viotto, que também é psicopedagoga, acolheu o projeto e deu seu depoimento: “uma boa escola não se constrói somente com decretos e portarias” o psicopedagogo pode facilitar o processo de fazer valer/cumprir a legislação, quando traz para a escola um olhar psicopedagógico, praticando uma gestão participativa, mais humanizada.
Os encontros realizados com os professores tiveram duplo objetivo:
- Identificar os problemas que a escola apresenta em seu cotidiano e as possíveis ações que ela se propõe para minimizá-los;
- Discutir o papel do educador que atua com crianças até 3 anos de idade.
Inicialmente, em uma construção coletiva, os educadores puderam expressar seus anseios sobre o cotidiano escolar e revelar suas concepções acerca do aprender / ensinar.
Em reflexão posterior, foram estimulados a pensar sobre a questão: O que faz o professor em um Centro de Educação Infantil – CEI: cuida ou educa?
Elencamos a opinião do grupo, fizemos um comparativo com as orientações curriculares vigentes (SMSP-2007; SMRJ-2010) e deste modo, os educadores puderam constatar que muitas de suas práticas contemplavam as referidas orientações.
Reconhecer-se como autor e ter sua ação legitimada pelo outro, estimula e encoraja o professor/educador a confiar em sua capacidade pensante para produzir algo uma vez que, segundo Fernandez (2001, p.90), a autoria de pensamento é “o processo e o ato de produção de sentidos e de reconhecimento de si mesmo como protagonista ou participante de tal produção”.
A prática profissional quando discutida, atualizada fortalece a identidade do professor / educador.
Resultados
A adesão aos encontros pelos professores e outros profissionais nas escolas, com demandas pertinentes à proposta ,foi um indicador importante para darmos continuidade ao trabalho desenvolvido. As devolutivas com depoimentos sobre a reflexão desencadeada a partir dos assuntos abordados, revelaram mudança nas ações/práticas cotidianas.
Conclusão
A ABPp SEÇÃO SÃO PAULO ao trabalhar com professores de escolas públicas, assumiu seu compromisso social com a Psicopedagogia, contribuindo para modificar a qualidade dos processos de ensinagem/aprendizagem.
Informações do Projeto
1 – O trabalho será social, voluntário, não remunerado (lei 13.297, de 2016);
2 – O psicopedagogo voluntário deverá:
a) Ser associado à ABPp Seção São Paulo e estar em dia com o pagamento da anuidade;
b) Apresentar cópia do diploma ou atestado de matrícula e frequência ao curso de Psicopedagogia;
c) Assinar o termo de compromisso para aderir ao projeto, com validade semestral, podendo ser renovado por mais seis meses.
3 – O voluntário poderá ser:
a) Estudante de Psicopedagogia, com necessidade de fazer estágio supervisionado, para complementar a sua formação;
b) Recém-formado, com necessidade de iniciar e garantir experiência profissional;
c) Profissional experiente que deseje dar a sua contribuição ao Projeto Social.
4 – A atuação será em local de sua livre escolha. O atendimento poderá ser feito numa instituição ou em seu próprio consultório.
5 – O atendimento é individual e semanal, com duração de uma hora. É possível o trabalho grupal, levando-se em consideração o perfil do voluntário e da instituição onde desenvolve o seu trabalho, desde que consultado o (a) supervisor (a) e a assessoria do Projeto Social.
6 – Deverão ser feitos registros diários desses atendimentos através de relatórios, seguindo o modelo indicado pela assessoria do Projeto.
7 – O diagnóstico e a intervenção psicopedagógica têm como público alvo crianças, adolescentes e adultos, que serão encaminhados pelas respectivas instituições em que estejam matriculados.
8 – O voluntário se responsabilizará pelo contato com a instituição, à qual levará a carta de apresentação do Projeto Social ABPp Seção São Paulo vai à Comunidade.
9 – O trabalho psicopedagógico será regido pelos princípios do Código de Ética da ABPp, considerando as diretrizes e normas da instituição.
10 – O voluntário participará de encontros quinzenais de supervisão, com supervisor(a) de sua escolha, entre os que constam da lista de Associados Titulares apresentada pela ABPp Seção São Paulo. Esses encontros poderão ser presenciais ou à distância, via meios de comunicação, tais como Skype e Facetime, a combinar com o(a) supervisor(a).
11– O voluntário participará das Reuniões de Formação, onde são atualizadas as ações do projeto e discutidos temas pertinentes à atuação profissional;
12- Está prevista, neste Projeto, a produção científica para posterior publicação.
1 – Ser psicopedagogo, associado da Seção São Paulo, titular da ABPp Nacional e estar em dia com a anuidade;
2 – O trabalho será social, voluntário, não remunerado, como previsto na lei 13.297, de 2016;
3 – O atendimento, oferecido em seu próprio consultório, poderá ser individual ou em grupo, para, psicopedagogos (as) voluntários (as) no Projeto Social Seção São Paulo vai à Comunidade, com a duração de uma hora e meia, quinzenal, no semestre em que estiver ocorrendo a intervenção psicopedagógica e seguirá os princípios do Código de Ética da ABPp;
4 – A supervisão poderá ser realizada também à distância, via Skype ou outro meio eletrônico, sempre que se fizer necessária essa condição.
5 – Dar respaldo aos voluntários para que providenciem um local adequado para a realização do trabalho, que garanta sua privacidade e eficiência, seja ele realizado numa instituição ou em seu próprio consultório;
6 – Solicitar, aos supervisionandos, registro diário dos atendimentos;
7 – Exigir destes a frequência de, no mínimo, 75% dos encontros de supervisão;
8 – Coordenar, junto aos supervisionandos, produção científica de artigo para posterior publicação.
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